domingo, 18 de outubro de 2009

CURRÍCULO ESCOLAR

CURRÍCULO ESCOLAR
Segundo Samuel Rocha Barros (op. cit., p. 170-1), em sentido amplo o currículo escolar abrange todas as experiências escolares. Vejamos algumas definições de currículo que aparecem nessa obra:
• É a totalidade das experiências de aprendizagem planejadas e patrocinadas pela escola. São todas as experiências dos alunos, que são aceitas pela escola como responsabilidade própria.
• São todas as atividades através das quais o aluno aprende. Em sentido restrito currículo escolar é o conjunto de matérias a serem ministradas em determinado curso ou grau de ensino.
Neste sentido, o currículo abrange dois outros conceitos importantes: o de plano de estudos e o de programa de ensino.
• Plano de estudos é a lista de matérias que devem ser ensinadas em cada grau ou ano escolar, com indicação do tempo de cada uma, expressa geralmente em horas e semanas.
• Programa de ensino é a "relação dos conteúdos correspondentes a cada matéria do plano de estudos, em geral, e em cada ano ou grau, com indicação dos objetivos, dos rendimentos desejados e das atividades sugeridas ao professor para melhor desenvolvimento do programa e outras instruções metodológicas".
De forma ampla ou restrita, o currículo escolar abrange as atividades desenvolvidas dentro da escola. São atividades que correspondem a uma finalidade e são executadas de acordo com um plano de ação determinado, isto é, estão a serviço de um projeto educacional. A primeira função do currículo, sua razão de ser, é a de explicitar o projeto - as intenções e o plano de ação - que preside as atividades educativas escolares.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Resumo do livro "O Primo Basílio" de Eça de Queirós

O Primo Basílio conta a história de Luísa, jovem sonhadora e ociosa da sociedade lisboeta, que acaba envolvida por Basílio, seu primo, com quem se reencontra, após anos de distância. Achando-a sozinha, já que Jorge, o marido, viajara a negócios, Basílio serve-se de toda a sedução e galanteios, até levá-la a se envolver profundamente consigo, tornando-se sua amante. Juliana, a criada, descobre a corres¬pondência trocada por ambos e chantageia a patroa.

Após sofrer muitas humilhações e ter que se submeter aos caprichos da crudelíssima criada, Luísa consegue, ajudada por um amigo, reaver as cartas e, Juliana, pressionada a entregá-las, ante as ameaças, acaba morrendo do coração. Após tanto sofrimento, Luísa adoece. Basílio, de há muito, encontra-se longe de Lisboa. Jorge regressa ao lar. Certo dia, chega uma carta do primo para a esposa e o marido intercepta a correspondência e toma conhecimento de tudo que ocorrera.

Desesperado e sofrendo demasiadamente, ainda assim Jorge resolve perdoar Luísa. Ela, no entanto, piora muito ao saber que o marido descobrira tudo o que fizera de errado, e vem a falecer. A reação de Basílio, ao saber da morte dela, é de pesar, por ter perdido sua diversão em Lisboa. Destaca-se, ainda, na obra, a figura do Conselheiro Acácio, amigo do casal, caricatura repleta de formalismo e hipocrisia.

A obra, um dos clássicos da literatura, é de Eça de Queirós em foi escrita em 1878..

Análise do livro O Primo Basílio

Este "episódio doméstico", conforme clas¬sificou-o Eça de Queirós, pretende mostrar a todos, de uma maneira exemplar, a tese da corrupção da família, vista como uma instituição burguesa, salientando-se a família da média burguesia lisboeta, que tem seus valores fundamentais atacados pelos escritores realistas.

Não vemos, contudo, consistência psicológica nas atitudes tomadas por Luísa, que é tomada pelo medo, e não pelo amoroso. Ela trai seu marido arrastada pelas circunstância, como se fosse um joguete nas mãos do destino, como se não tivesse domínio sobre si mesma. Machado de Assis chegou a recolocar, e forma irônica, a tese defendida por Eça em sua obra: diz que a boa escolha de criados é uma condição de paz no adultério.

Em princípio, Luísa, Basílio e Jorge são as peças do questionamento do casamento, através do adultério e constituem-se nos principais perso¬nagens da história.

Analisando-os, começamos por encontrar uma Luísa frágil, incapaz de agir e refletir, o que é atribuído, no decorrer da obra, de forma absolu¬tamente naturalista, à ociosidade da vida que leva e ao temperamento romântico que mantem, constan¬te¬mente alimentado pelas leituras de Walter Scott e de outros romances "água-com-açúcar", que lhe proporcionam devaneios, como no caso de A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas.

Assim, os sinais naturalistas já começam a se misturar aos realistas nesta obra. Notamos em Luísa, de um lado, a crítica realista à sentimentalidade romântica. Por outro, surge um certo esvaziamento psicológico, do qual brota um caráter que é colocado como móbil, inconsciente, cheio de deixar-se ir. Isso parece até um exagero das tendências naturalistas, que se mostram muito fortificadas nessa obra de Eça.

Basílio é mais um tipo, que propriamente uma pessoa, como ocorre com Luísa e a maioria dos personagens. Ele mostra a sua irrespon¬sabilidade, o cinismo, a mania de grandeza, de ser superior a tudo e a todos, mantendo uma relação de uso, com as mulheres e com o país. É um janota, um almofadinha, um homem classificado como maroto e sem paixão, que não apresenta justificação para sua tirania, já que o que deseja é apenas e tão-somente uma aventura, o amor de graça, como diz o escritor Teófilo Braga.

Jorge é marcado por uma personalidade pacata. É manso, dividindo-se entre seu papel de homem casado e o de engenheiro, diante da sociedade, e aquilo que sente de verdade, no fundo de si mesmo. Isso justifica sua truculência radical ao exprimir sua primeira opinião a respeito do adultério, sua aversão à vida desregrada que Leopoldina leva, sua cobrança, em relação à carta de Basílio, apesar de Luísa se encontrar extremamente adoentada. Por outro lado, ele muda de opinião e perdoa Luísa, devido ao desespero, pois não deseja vê-la partir desta vida.

Esses personagens típicos da média burguesia lisboeta somam-se a alguns personagens secun¬dários. O Conselheiro Acácio caracteriza-se, de acordo com Eça, pelo formalismo oficial e representa o covencionalismo bem-sucedido, o vazio ou vacuidade premiada, na exata proporção em carrega, além do título de Conselheiro, obtido por uma carta régia, também a nomeação Cavaleiro da Ordem de São Tiago, justamente por todas as obras sem utilidade e supérfluas escritas por ele, como a Des¬crição das principais cidades do reino e seus estabelecimentos. Já Dona Felicidade é a imagem de beatice boba, com seu temperamento irritadiço. Ernestinho retrata o azedume do descontentamento; Julião Zuzarte, ás vezes, é até um bom rapaz. Sebastião, contudo, é considerado dono da força de um ginasta e a resignação de um mártir.

Outra marca naturalista de O Primo Basílio é a presença das classes socialmente inferiores, com sua aversão devastadora aos mais abastados. Aparecem Paula, o patriota, que detesta padres e mulheres, a carvoeira que é imunda e disforme de obesidade e prenhez, as estanqueiras, que têm um carão viúvo, os quais servem de exemplo da vizinhança que cerca Luísa e Basílio. Além desses, temos a figura de Tia Vitória, que é uma ex-incul¬cadeira ou ex-alcoviteira, profissional na arte de orientar criados contra patrões. Empresta dinheiro aos que estivessem desempregados, guardava as economias daqueles que as tivessem, providenciava para que fossem escritas correspondências amorosas para as domésticas que não tinham estudado, vendia vestidos de segunda mão, alugava casacas, aconselhava colocações, recebia confi¬dências, dirigia intrigas, entendia de partos.

São estes, como freqüentadores da residência de Luísa e Jorge, personagens secundários apresen¬tados com traços de grande força naturalista. A expressão máxima deles, contudo, reside em Juliana, que mostra o caráter mais completo e verdadeiro do livro, o mais íntegro, inteiro, de acordo com a opinião de Machado de Assis. Da forma como se destaca no desen-vol¬vimento do enredo, ela termina por ter que ser considerada um dos perso¬nagens principais, embora tal análise fuja da postura realista - uma empregada doméstica ser considerada personagem de maior importância na história.

Sintetizando os traços mais marcantes de Juliana Couceiro Taveira, devemos começar pelo seu suplício de estar servindo há mais de vinte anos, sem que se acostume a fazê-lo; não nasceu para servir e sim, para ser servida. Passa do azedume, do gênio embezerrado, para as desconfianças, a maldade, o ódio irracional e pueril pelas patroas para as quais trabalha, rogando-lhes pragas. Costuma cantar a "Carta da Adorada" e usar a expressão "récua de cabras", quando se entristecia.

Juliana é invejosa, curiosa, gulosa, e encontra, em casa de Jorge e Luísa, o grande segredo de que sempre precisou. Apossando-se dele, desforra na "piorrinha"- é assim que chama Luísa, ironicamente - toda a mágoa que acumulara no decorrer dos anos, inclusive a de ter conservado sua virgindade, a qual ela comparava com a "devassidão da bêbeda". A empregada tem um vício, que é o de trazer o pé sempre muito bonito, enfeitando-o com botinas e expondo-as no Passeio Público.

Essa personagem, enfim, é um claro exemplo da utilização do estilo naturalista bem-sucedido no livro, opondo-se à inconsistência de Luísa e de todos os outros personagens, que são excessi¬vamente caricatos, modelares, exemplos sumários das teses da literatura do Naturalismo.

O foco narrativo aparece em terceira pessoa, e revela um narrador onisciente. Percebemos sua postura irônica, crítica, reforçando defeitos e vícios de certos personagens, o que não permite que seja imparcial.

O tempo é cronológico, com uma seqüência praticamente linear. Surgem quebras, quando Luísa recorda o passado, passando pelo namoro com Basílio e o casamento com Jorge, ou quando o passado de Juliana é revelado pelo narrador aos leitores, a fim de que estes possam compreender melhor a revolta dela.

O espaço está concentrado em Lisboa. Os males que desagregam a sociedade são mostrados no romance. Surgem a decadência moral, a ociosidade, o relacionamento de superfície, o uso das aparências e das convenções, o tédio disfarçado pela aventura, os abusos da sexualidade, a hipocrisia, e assim por diante.


QUESTÕES DO LIVRO “O PRIMO BASÍLIO” – EÇA DE QUEIRÓS
01. (FUVEST)“Luísa espreguiçou-se. Que seca ter de se ir vestir! Desejaria estar numa banheira de mármore cor-de-rosa, em água tépida, perfumada e adormecer! Ou numa rede de seda, com as janelinhas cerradas, embalar-se, ouvindo música! (...)
Tornou a espreguiçar-se. E saltando na ponta do pé descalço, foi buscar ao aparador por detrás de uma compota um livro um pouco enxovalhado, veio estender-se na “voltaire”, quase deitada, e com o gesto acariciador e amoroso dos dedos sobre a orelha, começou a ler, toda interessada.
Era a Dama das Camélias. Lia muitos romances; tinha uma assinatura, na Baixa, ao mês.”
Neste excerto, o narrador de O Primo Basílio apresenta duas características da educação da personagem Luísa que serão objeto de crítica ao longo do romance.
A. vida ociosa e educação sonhadora
B. romântica e fútil
C. dedicada e culta
D. ingênua e sonhadora

02. Ainda relacionando ao fragmento da questão anterior, de que modo as características da educação de Luísa contribuem para o destino da personagem.
A. por ser romântica acredita que poderá viver um intenso romance;
B. a sua falta de caráter faz com que cometa adultério, por pensar somente em satisfazer seus desejos e carências;
C. a vida de ócio associada a um estilo romântico de ver a vida conduzem Luísa à traição do marido, que a abandonara em sua viagens de trabalho, levada muito mais por necessidade de preencher o vazio que sentia do que por amor a Basílio.
D. por ser ingênua e sonhadora sente-se tenatda a viver uma paixaão reprimida no passado.

(VUNESP) Instrução: As questões 02, 03 e 04 referem-se ao seguinte fragmento do romance O Primo Basílio de Eça de Queirós:
“Jorge foi heróico durante toda essa tarde. Não podia estar muito tempo na alcova de Luísa, a desesperação trazia-o num movimento contraditório; mas ia lá a cada momento, sorria-lhe, conchegava-lhe a roupa com as mãos trêmulas; e como ela dormitava, ficava imóvel a olhá-la por feição, com uma curiosidade dolorosa e imoral, como para lhe surpreender no rosto vestígios de beijos alheios, esperando ouvir-lhe nalgum sonho da febre murmurar um nome ou uma data; e amava-a mais desde que a supunha infiel, mas dum outro amor, carnal e perverso. Depois ia-se fechar no escritório, e movia-se ali entre as paredes estreitas, como um animal numa jaula. Releu a carta infinitas vezes, e a mesma curiosidade roedora, baixa, vil, torturava-o sem cessar: Como tinha sido? Onde era o Paraíso? Havia uma cama? Que vestido levava ela? O que lhe dizia? Que beijos lhe dava...”
in O Primo Basílio (Obras Completas ), I, Porto, Lello e Irmãos, s/d, p. 1150.

03. No trecho apresentado, o narrador descreve as reações de Jorge, que vive num conflito íntimo entre a piedade e o ódio: tem de cuidar da esposa Luísa, muito doente, embora tenha sabido que ela o traíra com Basílio. Nestas poucas linhas se podem perceber várias características da ficção realista. Aponte as corretas.
A. a idealização à mulher amada e ânsia de viver um amor intensamente;
B. a contradição do sentimento de paixão e ódio por Luísa e a postura crítica à moral que se apóia.
C. exaltação dos valores e os heróis nacionais, ambientando seu passado histórico, principalmente o período medieval;
D. A melancolia se faz presente nas atitudes do personagem, portanto há a presença do individualismo e do egocentrismo.

04. Embora faça referência a três personagens, o narrador menciona nominalmente apenas Jorge e Luísa. Qual é a palavra por meio da qual, de modo explícito ou velado, o narrador se refere à personagem Basílio.

A. que
B. onde
C. ele
D. lhe


05. Do ponto de vista de Jorge, a omissão do nome de Basílio representa
A. a dificuldade de aceitar a traição de Luísa;
B. o ódio que nutria por Basílio;
C. o ódio que nutria por Luísa;
D. a raiva e o amor que sentia por Luísa.

06. Na obra de Eça de Queirós, em questão, fica retratada uma parcela da sociedade de Lisboa:
A. retrata uma sociedade conservadora que goza pelos bons costumes;
B. retrata uma sociedade decadente no plano moral que se mantém “a custa do engano e da fantasia;
C. retrata o modelo de sociedade de todos os tempos;
D. retrata a vontade do autor em despertar no leitor a valorização da família.

07. Juliana representa o seguinte tipo social:
A. representa uma classe desfavorecida que são humilhadas e para conseguirem algo se apegam a qualquer artifício;
B. representa a mulher batalhadora e desprovida de qualquer interesse alheio;
C. representa a ignorância da população menos privilegiada economicamente que, entretanto, tem comportamento moral equivalente ao cidadão mais prestigiado.
D. representa o comodismo das pessoas em querer a ascensão social.

08. Vários personagens da obra O Primo Basílio, de Eça de Queirós, apresentam comportamento contínuo, deixando transparecer o homem típico da estética realista. O único personagem que muda, seja de atitude, seja em relação aos seus sentimentos, ou ambos, é:

A. Basílio
B. Jorge
C. Luísa
D. Juliana


09. A morte de Luísa representa:
A. a morte do Realismo e dos postulados socialistas do autor;
B. a morte da moral burguesa e do Romantismo;
C. a exaltação do amor e da transcendência;
D. o determinismo naturalista e o retorno aos bons costumes.

10. Ao criticar O Primo Basílio, Machado de Assis afirmou: “(...) a Luísa é um caráter negativo, e no meio da ação ideada pelo autor, é antes um títere que uma pessoa moral”.
Títere é um boneco mecânico, acionado por cordéis controlados por um manipulador. Nesse sentido, as personagens que, principalmente, manipulam Luísa, determinando-lhe o modo de agir, são
A. Basílio e Juliana.
B. Jorge e Juliana.
C. Jorge, Conselheiro Acácio e Juliana.
D. Basílio e Sebastião

domingo, 13 de setembro de 2009

Esboço da atividade: Uso dos porquês na produção textual

1.ª aula
- Assistir com os alunos, no laboratório de informática, o vídeo “Por que”;
- Debater a ortografia dos porquês, a sua importância e funcionalidade;
- Ainda no laboratório de informática, levar os alunos a pesquisar as regras sobre a utilização dos “porquês”.

2.ª aula
- Apresentar o texto “Os porquês do porquinho”, pedindo aos alunos que preencham as lacunas corretamente com um dos porquês, se necessário utilizarem as regras pesquisadas;
- Corrigir a atividade.

3.ª aula
- No laboratório de informática pedir aos alunos que criem uma história em quadrinhos, utilizando corretamente os porquês;
- Após a criação das histórias em quadrinhos os alunos partilharão as suas histórias.

Uso dos porquês na produção textual

Modalidade: Ensino Fundamental
Disciplina: Língua Portuguesa
Série: 3.ª fase 2.º ciclo / 6.º ano
Professora: Bernadete Carrijo Oliveira

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Usar adequadamente a grafia dos porquês; Conhecer as regras para uso dos porquês; Utilizar a linguagem para expressar suas idéias observando as situações comunicacionais.

Duração das atividades
03 aulas

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
- Conhecer a forma como são grafados os vocábulos; - Dominar normas que definem o modo correto de registro da cada palavra; - Ter consciência de que essas normas existem porque a escrita não é somente fonética; - Conhecer a origem das palavras.
Estratégias e recursos da aula
As estratégias utilizadas serão:
- aula interativa;
- aula em laboratório de informática;
-atividades em pequenos grupos na sala de aula.

ATIVIDADE 1
Assistir com os alunos o vídeo Por que salvo previamente num dvd/cd para exibição na televisão ou computador:
Por que

O professor então promove um debate:
- é importante que haja regras para se escrever as palavras?
- como podemos saber as formas gramaticalmente corretas de escrever as palavras?
- será que ocorre alguma alteração no significado das palavras escritas de forma diferente do que dizem as regras de grafia?

ATIVIDADE 2

Apresentar aos alunos o texto: Os porquês do porquinho solicitando que preencham as lacunas com o “porquê” adequado.

Os porquês do porquinho

Aconteceu na Grécia!
Era uma vez um jovem porquinho, belo e bom, muito pequenino, cuja vida foi dedicada à procura dos ________da floresta. Tal porquinho, incansável em sua busca, passava o dia percorrendo matas, cavernas e savanas perguntando aos bichos e aos insetos que encontrava pelo caminho todos os tipos de ________ que lhes viessem à cabeça.
- ________você tem listras pretas se os cavalos não as têm? – perguntava gentilmente o porquinho às zebras.
- Pernas compridas __ ______, se outros pássaros não as têm? indagava às siriemas , de forma perspicaz.
- ________isso? Por que aquilo?
Era um festival de ________, dia após dia, ano após ano, sem que ele encontrasse respostas adequadas aos seus questionamentos de porquinho.
Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha trabalhando arduamente, ele perguntava ________. E a pergunta era sempre a mesma:
- Saberias, por acaso, ________fazes o mel, oh querida abelhinha?
E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre respondia assim ao ________:
- Fabrico o mel porque tenho que alimentar a colméia.
Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, ________ eram os ursos os maiores beneficiados com aquela atividade.
- Alguma coisa deve estar muito errada, ________ eram os ursões que ficavam com quase todo o mel, sem ter produzido um pingo de mel.- pensava o porquinho.
Então, valente como os porquinhos de sua época, seguia pela floresta à procura de ursões, fortes e poderosos, ansioso ________eles soubessem a resposta. Quando encontrava um, perguntava:
- Senhor, grande e esperto ursão, poderias me dizer a razão e solucionar o ________ da questão?
E alguns ursos, mais exibidos, até tentavam responder, ________ de mel eles entendiam muito, mas sobre trabalho... as respostas eram sempre do senso comum de ursão e não resolviam a questão.
- Elas fabricam o mel ________ ele é muito gostoso. – diziam uns.
- Elas o fabricam ________ o mel é delicioso. – diziam outros.
Havia aqueles que se limitavam a olhar feio e, ainda, aqueles que até ameaçavam o pobre porquinho e iam embora, sem dizer ________. Apesar disso, o porquinho seguia em frente.
Um dia - ________ toda história têm um dia especial - o porquinho encontrou um oráculo em seu caminho e resolveu elaborar o seu mais profundo ________. Afinal, oráculo é para essas coisas. E ntão, ele perguntou com sua voz fininha, mas de modo firme e sonoro
- ________existo?
Houve um profundo silêncio na floresta e o porquinho pensou que aquele ________ nunca seria respondido, afinal.
Mas de repente, o oráculo falou, estrondosamente, ________ era oráculo.
- Procure o Sr. Leão, rei da floresta, e pergunte a ele ________você existe. Só ele lhe dará uma resposta adequada.
Então, feliz, animado e saltitante, lá se foi o porquinho à casa do grande e sábio rei da floresta, carregando o seu também grande e sábio ______ __ .
Ao chegar à ; casa do leão, o porquinho bateu à porta e, quando foi atendido por sua realeza, tratou logo de lascar o seu ________ mais precioso:
- Sr. Leão, rei dos reis, sábio dos sábios, poderia Vossa Alteza me dizer ________existo?
E o leão, ________ era leão, respondeu mais que depressa.
Nhac.
________ é o da história!
Fim
Clóvis Sanches
Texto disponível em Nova Escola: revistaescola.abril.com.br/online/planosdeaula/ensino-fundamental2/PlanoAula_278686.shtml

ATIVIDADE 3

Solicitar aos alunos que elaborem uma produção textual utilizando os diferentes tipos de "porquês".

Avaliação
A avaliação se dará de forma coletiva em todos os momentos em que os alunos estiverem participando das discussões sobre os aspectos gramaticais e individualmente, quando os empregarem em produções escritas

domingo, 23 de agosto de 2009

TECNOLOGIA NA PRÁTICA

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Realizamos a aula sobre “Intertextualidade” nos dias 20 e 21 de agosto, na “Escola Municipal Elzinha Lizardo Nunes”, com os alunos do 9.º Ano.
Através desta atividade pudemos perceber o interesse dos alunos ao visitar o blog e fazer comentários sobre o mesmo. No decorrer da proposta percebemos que os alunos se interessaram pelo assunto, pois leram os textos propostos e fizeram comentários, ressaltando aquilo que não tinham entendido e mesmo não sabendo o que era o hipertexto, notamos que os alunos sabiam usar os links, apenas não conheciam a sua nomenclatura.
O trabalho desenvolvido foi de interação, pois a maioria dos educandos se ajudaram mutuamente, mostrando-se interessados pelo conteúdo ministrado, porém alguns apresentaram desinteresse pelo assunto interessando-se somente em utilizar o computador para realizarem outras atividades.
Entendemos que a maior parte dos alunos atingiram o objetivo desejado, uma vez que demonstraram interesse pela atividade e pelo conteúdo ministrado, pois declaram que foi uma aula divertida, diferente, a qual puderam aprender de forma simples, clara, direta e objetiva os dois requisitos abordados, ou seja, o que é o hipertexto e a aplicação prática da intertextualidade.
A atividade foi muito proveitosa, pois vimos que os alunos conseguiram atingir o objetivo esperado, através das produções textuais que criaram e pelo fato de terem enfatizado que a aula tornou-se lúdica e atrativa. Notamos que a literatura pode ser ricamente trabalhada quando é colocada de outra forma, que não seja a tradicional. Mesmo a música, colocada em análise, não fazendo parte do estilo musical da maioria dos jovens dessa faixa etária, eles elogiaram, uma vez que foi mostrada através de um vídeo.
Esse tipo de atividade pode ser trabalhado em todas as séries e todas as áreas de conhecimento, basta apenas adequar a necessidade e conteúdo exigido.

RELATANDO AS EXPERIÊNCIAS

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Durante a aula sobre “Intertextualidade e Hipertexto”, a qual realizamos com os nossos alunos, percebemos que a tecnologia deve sempre ser aproveitada na nossa prática pedagógica, uma vez que temos à disposição várias ferramentas que facilitam o nosso trabalho e o aprendizado do aluno. Pois notamos o interesse dos alunos pelo assunto e pela aula, isto por ser diferenciada.
Durante a aula, os alunos mostram-se receptíveis ao assunto, pois questionaram sobre a utilidade do hipertexto, e o seu uso; leram os poemas e fizeram perguntas sobre o tema tratado. Ao ouvirem e verem o vídeo da música “Até o fim”, de Chico Buarque, interpretada pelo mesmo e Ney Matogrosso, mesmo não fazendo parte do estilo musical dessa faixa etária, eles aceitaram com um pouco de desdenho, porém posteriormente passaram até gostar da música, chegando até a cantá-la e fazendo elogios.
Uma aula quando é compreendida com “outros olhares”, faz com que sintamos que ainda vale a pena seguir na nossa profissão. O conteúdo por si só é deslanchado e aceitado como algo novo e compreendido, o que é mais interessante. É bastante gratificante perceber que os nossos educandos demonstraram interesse pelo conteúdo e consequentemente a sua assimilação.
Portanto, necessitamos de nos conscientizarmos que nosso trabalho pode ser diferenciado se oferecermos algo também diferente, contribuindo assim, com uma educação mais justa e igualitária, onde o conhecimento é acessível a todos.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Coisas importantes e significativas

COISAS IMPORTANTES E SIGNIFICATIVAS

Hipertexto é um texto o qual é apresentado informações adicionais, sejam através de novos conceitos, palavras, sons ou imagens, denominado de links. Estes links vêm em cores destacadas para que assim se possa fazer a conexão a qual se deseja, facilitando dessa forma, a explicação daquilo que se quer. O escritor de um hipertexto produz uma série de previsões para ligações possíveis entre segmentos. Fica a critério de cada leitor fazer suas escolhas e seus caminhos, oferecendo assim, múltiplas sequências a serem seguidas.

A diferença entre o hipertexto e o texto linear, tal como encontramos nos livros, jornais e revistas impressos é a possibilidades de diferentes escolhas e interferências on line. Nos livros impressos, a sequência do texto está pré-determinada pela linearização e pelas páginas, o mais comum é os leitores fazerem o cominho desde a primeira página até a última, porém nada impede que se leia um livro saltando páginas ou consultando bibliografias paralelas e assim por diante. O hipertexto tem a função de facilitar o trabalho, inserindo novas informações e atualizações.

domingo, 9 de agosto de 2009

INTERTEXTUALIDADE

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PLANEJANDO ATIVIDADES COM HIPERTEXTO

INTERTEXTUALIDADE


OBJETIVO
O objetivo dessa aula é fazer com que o aluno perceba que os textos dialogam entre si. Após leitura e interpretação dos três poemas, cada aluno produziu seu próprio “Poema de sete faces”, criando seu anjo e sua “profecia” ao nascimento do eu-lírico.


RECURSOS NECESSÁRIOS

- Data show ou retroprojetor

- Internet

- show

- giz e quadro negro

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita a partir da interpretação de cada poema, diferenciando os tipos de anjos existente, na compreensão da intertextualidade, ou seja dos diálogos que os textos fazem entre si, além da produção escrita, na qual cada aluno criará o seu poema enfatizando o seu anjo e sua profecia.


Vamos aos poemas:

Poema de sete faces

Carlos Drummond de Andrade - De Alguma poesia (1930)

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do -bigode,

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.



Até o Fim

Chico Buarque

Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
"inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim
Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim



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Impressões sobre experiências de navegação

Quadrilha


Carlos Drummond de Andrade

João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história.

http://www.lendorelendogabi.com/datas/datas-quadrilha-marcacao-img.jpg